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16 de novembro de 2011

O homem que esqueceu de crescer



O personagem desta crônica infelizmente não pode ser identificado, o motivo para isto é que ele é uma criança e por isso não podemos o expor, tudo que podemos dizer sobre ele é que é do sexo masculino, para facilitar a crônica iremos chamar o nosso personagem pelo pseudônimo de “Anônimo”.
            Anônimo teve uma infância normal, cresceu em uma família estruturada de classe media, Ele cresceu sendo mimado pela mãe, bastava aparecer um problema, pelo menor que fosse a mãe de Anônimo ia resolve-lo, e assim ele viveu, sobre os cuidados de sua mãe super-protetora, o problema foi que Anônimo só cresceu em tamanho, sua mente continuou a de uma criança (ou menor...).
            Aos vinte e dois anos Anônimo estava enfrentando sérios problemas na sua faculdade, ele não queria estudar, a mãe sempre lhe impunha vários castigos caso o “menino” não estudasse, ela fez de tudo, tirou o vídeo-game de Anônimo, proibiu ele de sair nos sábados a noite, mas não tinha jeito, ele não queria estudar de maneira nenhuma.
            Quando Anônimo completou vinte e três anos, a situação da sua faculdade estava insuportável, ele então acabou abandonando-a, havia cursado três anos de apenas, porem seu histórico estava cheio de reprovações, e as cadeiras a quais Anônimo passou foram com notas medianas.
            A vida de Anônimo prosseguiu, sem estudo tudo que ele conseguiu foi um trabalho como caixa de supermercado, não que este emprego seja medíocre, porem alguém com a educação e as oportunidades de Anônimo poderia ter conseguido algo bem melhor.
            Anônimo se casou, sua esposa porem não posso revelar o nome desta crônica pois ela também é uma criança. Anônimo se sustentava com seu salário mínimo e com a mesada que recebia da mãe, sempre que as contas chegavam ele pedia para a mãe ir pagar e sempre que tinha algum problema, seja com o cartão de credito ou com algum cheque que tinha voltado, era a mãe de Anônimo que resolvia.
            Os anos passaram, Anônimo viu seus irmãos crescerem na vida, seu irmão mais novo virou engenheiro civil e se mudou para a capital, a irmã mais velha se formou em letras e fez um doutorado no exterior, atualmente vive na França lecionando em uma faculdade de renome e escrevendo livros de ficção policial.
            Anônimo teve filhos, e depois netos, sua mãe já havia falecido e ele não mais recebia sua mesada todo mês, agora recebia sua aposentadoria, a vida estava difícil para Anônimo sem a mãe pare resolver seus problemas ele estava tendo muitas dificuldades.
            Anônimo então em um breve momento de maturidade, ele refletiu sobre sua vida, e concluiu que não havia conseguido construir nada, nem sucesso profissional, nem ter construído uma família forte e ligada, e sem nunca ter completado os seus projetos.
            Anônimo pensou que talvez fosse a hora de crescer, o problema era que já era um pouco tarde para isso.


Não seja mais um anonimo na vida, aga como diz o ditado "Cresça e apareça".

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